Como podemos melhorar a oferta global de alimentos?
Um novo estudo publicado na Nature Food, da Universidade de Aalto (Finlândia), mostra que mudanças no fluxo global de alimentos e subprodutos podem representar o redireccionamento da alimentação animal para o uso humano de 10-26% da produção total de cereais e 17 milhões de toneladas de peixe.
Os ganhos na oferta alimentar seriam entre 6 e 13% em termos de conteúdo calórico, e entre 9-15% em termos de teor proteico.
Em Portugal, o FeedInov, juntamente com um conjunto de parceiros, está a trabalhar na procura de respostas a este nível. Muitos dos subprodutos do sistema alimentar já são usados na alimentação animal, mas há um grande potencial para aumentar o seu uso. O FeedInov pretende, por isso, fazer a compilação da informação de forma consolidada sobre a quantidade, tipo, distribuição geográfica e época de produção dos diferentes subprodutos com valor nutricional para serem utilizados em alimentação animal. Para além disso, avaliará as vantagens ambientais da utilização destes subprodutos. Espera-se, no final do projeto, que os recursos obtidos permitam diminuir o desperdício da indústria agroalimentar portuguesa, aumentar a valorização dos subprodutos do ponto de vista ambiental avaliando o seu potencial de diminuição de gases de efeito de estufa, diminuir a pegada de carbono dos alimentos para animais, utilizar cadeias de abastecimento mais curtas e aumentar a autossuficiência nacional, reduzindo, consequentemente, a enorme pegada ambiental da importação das matérias-primas.